terça-feira, 20 de maio de 2008

Médicos - 4 Desemprego - 0


Enfermeiros - 0 Desemprego 3 (novamente...)

Portugal vai ter em 2012 falta de médicos.

Depois de, ontem, um novo hospital privado, o Hospital dos Lusíadas (Grupo Caixa Geral de Depósitos), ter aberto portas em Lisboa, e embora esteja já na calha a abertura de mais 20 a 25 unidades do género, os profissionais de saúde recordam que toda esta dinâmica vai fazer-se não com mais, senão mesmo com menos médicos dos que existiam há uma década. O ponto crítico deverá ser atingido em 2012 e 2017.
Segundo pode ler-se na edição desta terça-feira do jornal Diário de Notícias, existem actualmente cerca de 33 mil clínicos inscritos na Ordem dos Médicos, sendo que destes cerca de 24 mil exercem no quadro do Serviço Nacional de Saúde, se bem que não necessariamente em regime de exclusividade.

As necessidades de recrutamento dos novos hospitais (só o Hospital dos Lusíadas contará com cerca de 200 médicos e 90 enfermeiros) ameaçam continuar a exercer uma pressão crescente para que muitos clínicos abandonem o sistema público de saúde.
Tudo isto acontece numa altura em que se prevê que a insuficiência de médicos atinja um ponto crítico entre 2012 e 2017, quando - tal como admitiu recentemente a ministra da Saúde - «a situação poderá ser muito complicada».

O momento crítico deve-se a duas ordens de razões: por um lado, o grande boom de formação de médicos que se seguiu ao 25 de Abril no final da década de 70, vai culminar naquela altura num elevado contingente de profissionais que atinge a idade legal de aposentação ou poderá aceder à reforma antecipada; por outro lado, - e depois de um período entre os anos 80 e 90 em que as vagas nas faculdades baixaram - o recente desbloqueamento de vagas nas faculdades iniciado em 2002 ainda não está a produzir resultados. Isto porque a formação de um médico exige cerca de dez anos.
Em Portugal formam-se por ano cerca de 1200 médicos, se bem que as vagas sejam da ordem dos 1500.
Porém, tal como reconhecia não há muito tempo o ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, o país precisava de formar cerca de dois mil médicos por ano para fazer face às necessidades que se avizinham nos próximos tempos.

O bastonário da Ordem dos Médicos vem imediatamente colocar ordem no debate!


O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, considerou ontem que o problema de falta de médicos em Portugal estará resolvido dentro de uma década, com o aumento de vagas que tem ocorrido nas faculdades de medicina. (ou seja não deverão aumentar o número de vagas para medicina! Uma atitude inteligente!)

Pedro Nunes defendeu que, embora o número de médicos em formação seja suficiente para as necessidades, será necessário que o governo planifique, já a médio e longo prazo, a implementação de medidas incentivadoras para fixar os futuros clínicos onde eles são necessários, nomeadamente em regiões do interior.

Perante a mesma situação a Ordem dos Enfermeiros:

"Devia haver o dobro dos enfermeiros no SNS, avisa a ordem da classe"

“Existe grande carência de enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários”
Razão pela qual temos para oferecer:

22 escola de Enfermagem no ensino público

19 escolas de Enfermagem no ensino privado

3610 vagas por ano para novos alunos de enfermagem!



E mais não digo ...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Não custa nada dizer a verdade!...


O Movimento Partido da Terra (MPT) através do seu deputado João Isidoro defendeu o aumento do número de enfermeiros e imaginem que o salário seja ajustado ao grau de licenciatura!


O deputado do Movimento Partido da Terra (MPT), João Isidoro, defendeu um reforço dos quadros de enfermeiros do Serviço Regional de Saúde (Madeira). Numa iniciativa realizada junto à Escola Superior de Enfermagem S. José de Cluny, o parlamentar declarou que "não faz sentido que haja centenas e centenas de enfermeiros desempregados, sobretudo jovens que concluíram os seus cursos, quando faltam à volta de mil enfermeiros" na Região. A conferência de imprensa, integrada no Dia Internacional do Enfermeiro, serviu ainda para João Isidoro recomendar ao Governo Regional e ao Governo da República que cheguem a um entendimento de modo a que os profissionais deste sector detentores de licenciatura recebam um salário equivalente, o que não acontece no presente momento.

Será que este senhor senhor não quererá fazer um "duplo" na Ordem dos Enfermeiros" ou no Sindicato?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

De Boas Intenções Está a Ordem dos Enfermeiros Cheia!

A tomada de posição da Ordem dos Enfermeiros aprovada em Assembleia Geral no passado dia 15 de Março, parece simplesmente uma lista de boas intenções!
Reza o seguinte:
“Assim, e apesar de reconhecer os esforços que têm vindo a ser realizados, a OE, considera que o movimento reformador em curso, anunciado como forma de garantir a sustentabilidade e desenvolvimento do SNS, parece não estar a ser capaz de inverter as vicissitudes que se propunha, impondo-se, por isso, introduzir as adaptações adequadas que nos conduzam ao sucesso.
Há pressupostos estratégicos essenciais ao êxito que urge implementar, dos quais se destaca:
A alteração da matriz organizativa da oferta de cuidados - A prestação de cuidados mantém-se fortemente condicionada pela organização do trabalho médico, em detrimento de respostas centradas no cidadão e baseadas nas competências multiprofissionais e multidisciplinares.
A definição de uma verdadeira política de gestão de recursos humanos - É inadmissível que hajam jovens licenciados no desemprego quando as necessidades não estão cobertas e a qualidade e a segurança dos cuidados não está assegurada. (Esta parece-nos que é a principal via para se conquistar a opinião pública! Sem o número adequado de profissionais a qualidade dos cuidados não pode ser garantida! E os utentes sabem têm conhecimento desta realidade?...)
A utilização dos indicadores disponíveis para assegurar dotações seguras nos serviços de saúde -Atendendo ao diferencial existente entre as horas de cuidados necessárias e as horas de cuidados prestados a segurança dos doentes está posta em causa. Esta situação é de todo inaceitável uma vez que há hoje jovens licenciados no desemprego. (Mas então quem é que define qual o número indicado de enfermeiros? A OE? O Governo? A OCDE?...)
Penso que nem a OE sabe bem o que dizer em relação a este assunto pois afirma o seguinte:
A definição de uma estratégia global de formação na área da saúde que promova o correcto enquadramento do ensino de enfermagem e evite a proliferação desregulada da oferta, nesta área? ( O ponto de interrogação está no documento original!)
Ainda se questionam se é necessário????
Depois a OE sugere ao poder político: Que sejam tomadas as medidas tendentes a cobrir as necessidades em cuidados de enfermagem capazes de garantir dotações adequadas para cuidados seguros;
Quais são então, Sr. Enfermeiros da OE, as dotações seguras? Estão definidas? (vejam o exemplo das especialidades médicas, as quais têm definido o número mínimo de profissionais que devem estar de urgência para que esta funcione!)
Já tentaram ganhar a opinião pública para este tema da segurança dos doentes?
Já definiram qual o número mínimo de enfermeiros com que um determinado serviço pode funcionar de forma a garantir a segurança dos utentes?
As boas intenções não chegam! E que tal a OE ter um departamento de relações públicas, com profissionais desta área e não apenas enfermeiros bem intencionados? Não me digam que as cotas que todos pagamos não chegam...

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Engana-me que Eu Gosto!"




Durante um encontro com jornalistas promovido pela Ordem dos Enfermeiros na qual esteve presente a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros e o Secretário de Estado da Saúde, foram tecidas considerações sobre as futuras Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)


A Bastonária manteve o seu discurso e continuou a alertar para a falta de enfermeiros:


..."Maria Augusta Sousa, que estimou que não haja no Serviço Nacional de Saúde um número suficiente destes profissionais para garantir o desenvolvimento destes serviços junto da comunidade"...


"Se todos os centros de saúde se organizarem em unidades de saúde familiares (USF) e em unidades de cuidados de saúde personalizadas com um enfermeiro, um médico e um administrativo, o número de enfermeiros afectos aos centros de saúde hoje em dia não é suficiente para manter unidades de cuidados na comunidade"


O Sr. Secretário de Estado da Saúde Manuel Pizarro foi respondendo:


"Se nós assumirmos o compromisso político de desenvolver UCC arrastará a decisão de criar meios adequados. É óbvio que não se poderá fazer isso sem mais recursos e sem mais profissionais"


O secretário de Estado da Saúde admitiu que é necessário ter um "quadro contratual mais estabilizado" para os enfermeiros


Quando questionado sobre a precariedade laboral dos enfermeiros afirmou:


"Temos que criar estabilidade nas equipas profissionais. É necessário trabalharmos para ter um quadro contratual mais estabilizado, ter um enquadramento legal mais favorável para termos mais estabilidade profissional"


Se temos enfermeiros no desemprego e mas temos falta de profissionais nas unidades de saúde, porque é que não são contratados mais enfermeiros?


Será que o Sr. Secretário de Estado estava apenas a atirar areia para os olhos dos enfermeiros, ao dizer aquilo que queríamos ouvir?


Nota: Para Maria Augusta Sousa, "um conjunto muito importante dos cuidados na comunidade passam pelos cuidados de enfermagem", daí que a Ordem queira que sejam os enfermeiros a gerir nos centros de saúde estas novas UCC, que serão compostas por equipas multidisciplinares.


Quantos Enfermeiros é que estão na Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários? Quantos Médicos?


"Engana-me que eu Gosto!"


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Feliz Dia International do Enfermeiro!




12 de Maio Dia Internacional do Enfermeiro


Apesar de todas as dificuldades que enfrentamos, a nossa profissão continua a ser uma das mais gratificantes em termos humanos!


Quem nunca encontrou um paciente na rua, que nos vem cumprimentar com um sorriso de agradecimento, após o termos ajudado numa altura difícil da sua vida?


Penso que hoje devemos fazer a nós mesmos a pergunta sugerida por John F. Kennedy:


"... And so, my fellow Americans, ask not what your country can do for you; ask what you can do for your country."


Colegas Enfermeiros, não perguntem o que a Enfermagem pode fazer por vocês, perguntem antes o que é que Eu posso fazer pela Enfermagem!


Feliz Dia Internacional do Enfermeiro!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Os números falam por si! Vem Saltar Conosco!





Se tens 18 anos ou mais...


Se tens o 12º ano completo...


Se tens vontade em conhecer os centros de emprego devido ao desemprego...


Se queres ter pouco reconhecimento social...


Se queres ganhar menos à hora que uma mulher-a-dias...


Se queres ter um ensino tutelado por quem pouco mais sabe que tu (mas que não está aqui para lixar ninguém!)....


Se queres pertencer (se queres não! Tens que pertencer...) a uma Ordem desfasada da realidade...


Se queres aderir a sindicatos que não podem com um gato pela região glútea....


Junta-te aos quase 50 000 enfermeiros!


Temos para oferecer:


22 escola de Enfermagem no ensino público


19 escolas de Enfermagem no ensino privado


3610 vagas por ano para novos alunos de enfermagem!



Nota: apesar de tudo não deixa de ser uma das profissões mais bonitas do mundo, a qual nos pode transformar em melhores seres humanos!

Quem Cuida de Quem Cuida...




Recebemos um comentário do Sr. Enf. Rui Santos (e não o tratamos por colega propositadamente) que nos apelida de "mentirosos", "pouco rigorosos", de propositadamente "induzir os leitores voluntariamente em erro" e de sermos "frágeis matematicamente".

Publicou de igual modo, no seu blog, o seu comentário.

Realmente publicámos no nosso post "Mas Ainda estamos Longe do Melhor Valor da UE", que ...

"Os dados apresentados representam um aumento de 800 enfermeiros por 1000 habitantes, em 4 anos, e de 300 médicos por 1000 habitantes, no mesmo período…..”

e por lapso os números são de 800 enfermeiros e 300 médicos para 100 000 habitantes (reconhecemos aqui o nosso erro!).
Tal deveu-se ao facto de que os dados a seguir apresentados, tinham como fonte o Alto Comissariado da Saúde, que apresentava dos seus dados por 100 000 habitantes.

Queremos agradecer a chamada de atenção, no que diz respeito ao erro por nós cometido!

No entanto, o Sr. Enf. Rui Santos pertence certamente àquela estirpe de enfermeiros mesquinhos que invés de contribuir para a dignificação da profissão, fica feliz e realizado em apontar os erros dos colegas, não contribuindo desse modo para a progressão da enfermagem. Este tipo de enfermeiros (com letra pequena) que são incapazes de defender um colega, incapazes de ser assertivos na abordagem aos erros. Só querem ficar bem na fotografia e se os outros ficarem mal...melhor!

Faz-nos lembrar algumas as chefias de enfermagem, que de enfermeiros têm pouco, que partem sempre do principio que tudo o que corre mal num serviço é culpa dos enfermeiros (reminiscências do endeusamento dos médicos?...).
Não advogamos o encobrimento do erro, mas a solidariedade profissional obrigava o Sr Enf. Rui Santos a alertar-nos para o erro, de forma a ser corrigido, e não a chamar-nos de mentirosos e fragilizados matematicamente!

Porque partiu do princípio que queremos mentir e enganar os nossos colegas? Será que projectou em nós a sua postura na profissão? Esperamos sinceramente que não.

Em suma queremos deixar-lhe um pensamento reflexivo: Pense na maneira em como cuida dos seus colegas! Reveja a sua postura na profissão! Se vir que não é capaz de cuidar daqueles que cuidam, fique-se pela sua poesia e pelos seu filmes marados! Dessa forma contribuirá grandemente para o futuro da Enfermagem!

Os Administradores do Blog Só a Enfermagem nos Move!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mão de Obra Baratinha...







A EPSO (http://europa.eu/epso) - Serviço Europeu de Selecção de Pessoal, tem como missão principal fazer a selecção de pessoal por conta das instituições da União Europeia, neste sentido abre concurso para:


18 Enfermeiros








É o Emprego Ideal para um Enfermeiro Português, ora vejam:



The European Union institutions attach particular importance to your ability to grasp problems of all kinds (resolver problemas de todos os tipos é mesmo conosco), often complex in nature, to react rapidly to changing circumstances and to communicate effectively (fácil! Estamos habituados à velociadade com que a política de saúde muda! Todos anos se fala numa reforma do SNS! É canja!). You will have to show initiative and imagination (Imaginação não nos falta! Desde desenrascar tudo e mais alguma coisa nos nossos serviços) and be highly motivated (para sair deste país e desta enfermagem qualquer um está altamente motivado!). You should be able to work frequently under pressure, (Sem problema! Com tantos papeis que temos para preencher só mesmo trabalhando sob pressão é que arranjamos uns minutinhos para "visitar" os doentes) both on your own and in a team, with due regard for professional ethics, and adjust to a multicultural working environment. You will also be expected to develop your professional skills throughout your career. (De olhos fechados! Todos estamos habituados a fazer outras licenciaturas, mestrados, pós graduações, cursos de formação, nem que seja em reiki, macramé, pintura ou ponto cruz!)





9. Remuneration
Basic monthly salary as at 1 January 2008:
grade AST3, first step: EUR 3 165,35






Que tal? Abandonar o nosso País, a nossa família, as nossas raízes por 600 contos/mês?


Parece-te bem? Já agora sabem quantas vezes é superior o custo de vida em Bruxelas?


PS: Não se esqueçam da mala de cartão!


terça-feira, 6 de maio de 2008

Tiro-lhe a Febre mas Não lhe Tiro a Carraça!




Os olhos estão na ordem do dia! Não só por serem o espelho da alma, mas porque os nossos queridos oftalmologistas estão incomodados com a intrumição dos seus colegas espanhois no seu negócio!


Proponho que vejamos a cronologia dos acontecimentos:


19-06-2007


A Maioria das consultas em 4 especialidades médicas (incluindo oftalmologia) já são privadas

Um relatório que já está na posse do Ministério da Saúde há quatro meses regista que quatro especialidades médicas estão maioritariamente privatizadas...

in Público


25-09-2007


Oftalmologia: Ordem dos Médicos critica declarações do ministro sobre listas de espera

A Ordem dos Médicos acusou hoje o ministro da Saúde de analisar com “profunda ignorância” a actuação dos oftalmologistas quando referiu que as listas de espera seriam resolvidas com a realização de mais meia consulta e mais 0,6 cirurgias por dia.

in Público


05-10-2007


Consulta de Oftalmologia demora mais de um ano em 13 hospitais.

Inspecção-geral de Saúde atribui atraso à "deficiente organização". (quem organiza as consultas de oftalmologia?...)

A falta de médicos não explica que, em 13 hospitais, se espere mais um ano por uma consulta de Oftalmologia e que, em 19 unidades, uma cirurgia da especialidade demore mais de seis meses. "Deficiente organização e insuficiente rentabilização dos recursos" são explicações avançadas pela Inspecção-Geral da Saúde (IGS), que avaliou 49 hospitais públicos nesta especialidade. O colégio de especialidade da Ordem dos Médicos (OM) fala de uma "situação controlável".

in Público


04-02-2008


Oftalmologia: Portugal tem capacidade instalada para resolver problemas

O Sistema Nacional de Saúde tem "capacidade instalada" para responder a doenças oftalmológicas, mas é necessário optimizar uma rede, na qual "cerca de 50 por cento" dos hospitais não recorreram ao sistema de combate às listas de espera, defendeu o especialista Florindo Esperancinha. (quem decidiu que não recorreriam?...)

in Público


22-03-2008


Dez especialidades responsáveis por 80 por cento da lista de espera dos hospitais públicos

Dez especialidades médicas são responsáveis pela esmagadora maioria (quatro quintos) da lista de inscrições para primeiras consultas nos hospitais públicos. O caso da oftalmologia é, de longe, o mais preocupante, com 116 mil inscrições registadas no final de Dezembro passado, de acordo com o último relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) já enviado para o ministério e para as administrações regionais de saúde.

in Público


14-04-2008


Paulo Portas propõe redução do tempo de espera para cirurgias oftalmológicas

Paulo Portas, líder do CDS-PP, anunciou hoje que vai propor no Parlamento a redução de cinco para dois meses o tempo de espera a partir do qual os doentes recebem um cheque-cirurgia para realizar operações oftalmológicas no sector privado. (deve ter um amigo oftalmologista...)

in Público


Entretanto surgem diariamente notícias de idosos que vão a Cuba realizar cirurgias às cataratas e de um nuestro hermano que invadiu as terras do Barreiro...


30-04-2008


Ana Jorge preocupada com acompanhamento de idosos após operação em Cuba

A ministra da Saúde, Ana Jorge, manifestou hoje preocupação com a forma como estão a ser acompanhados os idosos que são operados aos olhos em Cuba e desafiou as autarquias que os levam a propor semelhante intervenção no sector social português.

(será porque os nossos queridos oftalmologistas se recusam a seguir os doentes operados por outros médicos?... Quem é a figura central do SNS?)

in Público


04-05-2008




"Meu caro e estimado colega:

Estamos novamente a assistir, na Comunicação Social, a um período de turbulência em relação à prestação de cuidados médicos em Oftalmologia. As dificuldades de resposta do Serviço Nacional de Saúde às carências da população em Consultas e às suas necessidades em Cirurgias estão a ser objecto de uma gritante manipulação pública, que por vezes atinge a dignidade da Oftalmologia Portuguesa. ...
O problema, a meu ver, é essencialmente um problema político e uma questão económica. É um problema político porque tem a ver com um “conceito” de Serviço Nacional de Saúde, para o qual todos os cidadãos descontam, obrigatoriamente, em função do seu rendimento, com a promessa de terem acesso geral e universal aos serviços de saúde. (isto é o que se chama atirar poeira para os olhos!!!)

Acontece que uma parte da população, calcula-se que 33%, não os utiliza porque recorre espontaneamente aos seguros e à medicina privada. Mesmo assim o sistema não consegue resolver a situação dos 67% cidadãos sobrantes, sendo portanto um sistema caro e ineficaz. (e já vamos ver porquê!).

É uma questão económica, porque determinadas entidades (bancos, misericórdias, etc.) fizeram os seus “estudos de mercado”, e chegaram à conclusão que o Serviço Nacional de Saúde teria necessariamente de evoluir e ser modificado. Fizeram, em consequência, investimentos avultados e agora querem contratos que lhes dêem o almejado retorno.

Daqui a pressão. Dos autarcas que desejam eleitores, dos políticos nacionais que precisam de popularidade, dos agentes de investimento que têm compromissos de liquidez para satisfazer. (pois claro! os coitadinhos dos oftalmologistas não ganham nada com a história...)"
É uma Conspiração dos autarcas, dos bancos, das misericórdias etc. contra os pobre doentes e acima de tudo contra os pobres oftalmologistas!!!!


Para terminar fica a seguinte reflexão:


Em 6 dias um médico espanhol operou tanto como 5 !!! médicos num ano e por metade do preço cobrado na privada.
Em seis dias, um oftalmologista espanhol realizou 234 cirurgias a doentes com cataratas no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, num processo que está a "indignar" a Ordem dos Médicos. Os preços praticados são altamente concorrenciais, tendo sido esta a solução encontrada pelo hospital para combater a lista de espera. O paciente mais antigo já aguardava desde Janeiro de 2007, tendo ultrapassado o prazo limite de espera de uma cirurgia. No ano passado chegaram a existir 616 novas propostas cirúrgicas em espera naquela unidade de saúde. Os sete especialistas do serviço realizaram apenas 359 operações em 2007 (cerca de 50 por médico num ano). No final do ano passado, a lista de espera era de 384, e foi entretanto reduzida a 50 com a intervenção do médico espanhol.

A passagem pelo Barreiro durante o mês de Março - onde garante regressar nos próximos dois anos, embora o hospital não confirme - foi a segunda experiência em Portugal do oftalmologista José Antonio Lillo Bravo, detentor de duas clínicas na Extremadura espanhola - em Dom Benito (Badajoz) e Mérida. Entre 2000 e 2003 já havia realizado 1500 operações no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, indiferente às "críticas" de que diz ter sido alvo dos colegas portugueses. "Eu percebo a preocupação deles e sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada operação no privado cobram cerca de dois mil euros", (não pode ser! Verdade?) diz ao DN o oftalmologista espanhol, inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa, que cobrou 900 euros por cada operação realizada no Barreiro.

Por favor, Tirem-nos as Carraças!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

"... Mas Ainda Estamos Longe do Melhor Valor da UE..."


Com base em dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Alto Comissariado da Saúde (ACS), deixo-vos alguma informação que merece uma reflexão profunda:

Ano.........Nº Enf.*......Nº Médicos*
2006 .........4,8..................3,5
2005 .........4,6..................3,4
2004..........4,3..................3,3
2003..........4,2 .................3,3
2002..........4,0 .................3,2

* - por 1000 habitantes
.
Fonte: INE
.
Os dados apresentados representam um aumento de 800 enfermeiros por 1000 habitantes, em 4 anos, e de 300 médicos por 1000 habitantes, no mesmo período.

Ano......Nº Enf....Nº Médicos..Nº Hosp...Nº C S
2006....47746 .....36924 .........200 .........378
2005....45156 .....36138 .........204 ..........379
2004....42907 ....35213 ..........209 ..........376
2003...............34440 ...........204 ...........393
2002...............33751 .... .......213 ...........391

Fonte: INE e ACS

Em 2 anos houve um aumento de 4839 enfermeiros e de 3173 médicos.
Para além disso, do nº de enfermeiros de 1990 para 2001 aumentou 45%!!! (médicos aumentaram 18,6%, estomatologistas 15, 3%, farmacêuticos 39,6%, )

No entanto, o número de hospitais e de centros de saúde diminuíram!

Mas a Incoerência não termina aqui...

Segundo o ACS, nos Indicadores e Metas do Plano Nacional de Saúde, o número de enfermeiros por 100 000 habitantes, em Portugal Continental, apresentou um aumento relativo de 10,6% entre 2004 e 2006, embora ainda se encontre bastante afastado do melhor valor da UE (Irlanda com 1500 por 100 000 habitantes).
.
e mais...
.
O número de médicos especialistas por habitante, em Portugal Continental, apresentou um crescimento relativo de 11,1%, entre 2001 e 2005 (passando de 229 para 254 médicos especialistas por 100 000 habitantes), embora ainda continue muito afastado do melhor valor da UE, correspondente à Grécia (330 médicos especialistas por cada 100 000 habitantes).
.
e mais...
.
O número de médicos de Medicina Familiar por habitante, em Portugal Continental, apresentou um aumento relativo de 3,1%, passando de 45,80, em 2002, para 47,20, em 2005. Apesar deste aumento, o valor deste indicador continua muito afastado do melhor valor da UE (Bélgica, com 210 médicos de Medicina Familiar por 100 000 habitantes).

Então expliquem-me lá isto como se eu fosse mesmo muito burro!

O nº de locais de trabalho está a diminuir, o nº de profissionais está a aumentar e mesmo assim "continuamos muito afastados do melhor valor da UE"....
As unidades de saúde não podem aumentar o nº de enfermeiros (aumento de despesa com o pessoal de enfermagem 0% para 2008)

Existem enfermeiros no desemprego, mas "ainda continuamos muito afastados do melhor valor da UE!"

Vá lá, expliquem-me lá como se eu fosse mesmo muito burro!


sexta-feira, 2 de maio de 2008

1º de Maio é Quando o Enfermeiro Quizer!





Estados Unidos da América, Chicago, 1 de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas numa manifestação pacífica para exigir um limite de oito horas por dia de trabalho.

A polícia reprimiu e dispersou a manifestação, ferindo e matando dezenas de trabalhadores.

Quatro dias depois, os operários saíram novamente à rua.

Estes protestos resultaram em 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados, 3 condenados a prisão perpétua.


Um exemplo para todo o mundo...


Portugal, Lisboa, 1º de Maio de 2008

... alguém viu os enfermeiros a manifestarem-se por melhores condições de trabalho? Por 8 horas de trabalho para os colegas desempregados? Por .... alguma coisa?



Tia Florence

Qual o principal problema da Enfermagem?