terça-feira, 20 de maio de 2008

Médicos - 4 Desemprego - 0


Enfermeiros - 0 Desemprego 3 (novamente...)

Portugal vai ter em 2012 falta de médicos.

Depois de, ontem, um novo hospital privado, o Hospital dos Lusíadas (Grupo Caixa Geral de Depósitos), ter aberto portas em Lisboa, e embora esteja já na calha a abertura de mais 20 a 25 unidades do género, os profissionais de saúde recordam que toda esta dinâmica vai fazer-se não com mais, senão mesmo com menos médicos dos que existiam há uma década. O ponto crítico deverá ser atingido em 2012 e 2017.
Segundo pode ler-se na edição desta terça-feira do jornal Diário de Notícias, existem actualmente cerca de 33 mil clínicos inscritos na Ordem dos Médicos, sendo que destes cerca de 24 mil exercem no quadro do Serviço Nacional de Saúde, se bem que não necessariamente em regime de exclusividade.

As necessidades de recrutamento dos novos hospitais (só o Hospital dos Lusíadas contará com cerca de 200 médicos e 90 enfermeiros) ameaçam continuar a exercer uma pressão crescente para que muitos clínicos abandonem o sistema público de saúde.
Tudo isto acontece numa altura em que se prevê que a insuficiência de médicos atinja um ponto crítico entre 2012 e 2017, quando - tal como admitiu recentemente a ministra da Saúde - «a situação poderá ser muito complicada».

O momento crítico deve-se a duas ordens de razões: por um lado, o grande boom de formação de médicos que se seguiu ao 25 de Abril no final da década de 70, vai culminar naquela altura num elevado contingente de profissionais que atinge a idade legal de aposentação ou poderá aceder à reforma antecipada; por outro lado, - e depois de um período entre os anos 80 e 90 em que as vagas nas faculdades baixaram - o recente desbloqueamento de vagas nas faculdades iniciado em 2002 ainda não está a produzir resultados. Isto porque a formação de um médico exige cerca de dez anos.
Em Portugal formam-se por ano cerca de 1200 médicos, se bem que as vagas sejam da ordem dos 1500.
Porém, tal como reconhecia não há muito tempo o ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, o país precisava de formar cerca de dois mil médicos por ano para fazer face às necessidades que se avizinham nos próximos tempos.

O bastonário da Ordem dos Médicos vem imediatamente colocar ordem no debate!


O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, considerou ontem que o problema de falta de médicos em Portugal estará resolvido dentro de uma década, com o aumento de vagas que tem ocorrido nas faculdades de medicina. (ou seja não deverão aumentar o número de vagas para medicina! Uma atitude inteligente!)

Pedro Nunes defendeu que, embora o número de médicos em formação seja suficiente para as necessidades, será necessário que o governo planifique, já a médio e longo prazo, a implementação de medidas incentivadoras para fixar os futuros clínicos onde eles são necessários, nomeadamente em regiões do interior.

Perante a mesma situação a Ordem dos Enfermeiros:

"Devia haver o dobro dos enfermeiros no SNS, avisa a ordem da classe"

“Existe grande carência de enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários”
Razão pela qual temos para oferecer:

22 escola de Enfermagem no ensino público

19 escolas de Enfermagem no ensino privado

3610 vagas por ano para novos alunos de enfermagem!



E mais não digo ...

1 comentário:

Anónimo disse...

é uma oportunidade de ganhar novos espaços. não a percam

Qual o principal problema da Enfermagem?