terça-feira, 15 de julho de 2008

Vamos trocar Enfermeiros por Médicos?!



A Ministra da Saúde, Ana Jorge, presente na X Conferência Ibero-Americana de Ministros da Saúde, aproveitou a oportunidade para tentar "negociar" recursos humanos com o seu homologo Argentino e Chileno.



"Há, da nossa parte, um interesse ao nível dos recursos humanos, uma vez que temos carência de médicos", reconheceu a ministra.


Em 'troca' dos médicos, a Argentina, com carências no sector da enfermagem, podia "acolher jovens enfermeiros portugueses que estivessem disponíveis para trabalhar no país", sugeriu a governante.




A fragilidade dos enfermeiros portugueses começa a tornar-se insustentável! Quando se tem mão de obra barata e em excesso o melhor é encaminhá-la para outros países ... do tipo trocar alimentos por petróleo! Espero não estar a dar ideias ao Eng. Sócrates!!!

Ao preço que está o gasóleo ainda nos querem enviar para o Iraque!


sexta-feira, 6 de junho de 2008

Não é só o Ronaldo que quer ir para Espanha



Para muitos colegas, emigrar começa a ser a única solução possível.

Só é pena que o ordenado anual de um enfermeiro não seja igual ao ordenado mensal do Cristiano Ronaldo!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

À Espera Morreu Uma Profissão...




Amanhã, dia 5 de Junho o SEP associa-se à iniciativa da CGTP In e promove uma manifestação junto ao Ministério da Saúde. As palavras de ordem são: "Por uma carreira que se aplique a todos os Enfermeiros", "Pelo inicio da negociação da carreira - Vamos fechar a rua"

Como é sabido o SEP é afecto à CGPT In, que por sua vez é afecta ao PCP e como tal está sempre contra! Parece que a sua estratégia se baseia no "Orgulhosamente Sós", que curiosamente caracterizava o tempo da outra senhora.

O Só a Enfermagem nos Move perguntou ao SEP (no dia 30 de Abril) qual a sua posição em relação à não inclusão dos enfermeiros na carreira de técnico superior.


O colega José Carlos Martins respondeu-nos (dia 6 de Maio) da seguinte forma: "agradecemos a questão e vamos responder para ajudar os colegas a perceber.Contudo, dado as inúmeras coisas só o farei após 12 de Maio. Se ler a entrevista dada ao blogs "Fórum Enfermagem" perceberá a dificuldade de agenda.Agradecemos a disponibilidade para divulgar coisas do SEP, neste momento tão importante para todos os enfermeiros.Penso que a melhor via é através do nosso site"


Dia 19 de Maio voltámos a insistir pois no site do SEP não é perceptível qual a posição deste sindicato e ainda não obtivemos qualquer resposta.


Afinal queremos ser técnicos superiores ou não? Queremos ter uma carreia à parte ou não? O que é melhor para o futuro dos enfermeiros?
É que para se negociar o que quer que seja, é necessário que as partes envolvidas saibam minimamente o que querem!

Ao falar com vários colegas do sindicato a resposta é sempre a mesma: estamos à espera das propostas do governo! E nunca definem se o melhor é ser técnico superior ou ter uma carreira à parte.


Caros colegas do SEP, nós depositamos o futuro da nossa carreira nas vossas mãos e se quem nos representa não tem uma estratégia clara para os enfermeiros portugueses e se limita "esperar" pelas propostas do governo (provavelmente para ser contra?) que futuro nos estará reservado...?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Médicos - 4 Desemprego - 0


Enfermeiros - 0 Desemprego 3 (novamente...)

Portugal vai ter em 2012 falta de médicos.

Depois de, ontem, um novo hospital privado, o Hospital dos Lusíadas (Grupo Caixa Geral de Depósitos), ter aberto portas em Lisboa, e embora esteja já na calha a abertura de mais 20 a 25 unidades do género, os profissionais de saúde recordam que toda esta dinâmica vai fazer-se não com mais, senão mesmo com menos médicos dos que existiam há uma década. O ponto crítico deverá ser atingido em 2012 e 2017.
Segundo pode ler-se na edição desta terça-feira do jornal Diário de Notícias, existem actualmente cerca de 33 mil clínicos inscritos na Ordem dos Médicos, sendo que destes cerca de 24 mil exercem no quadro do Serviço Nacional de Saúde, se bem que não necessariamente em regime de exclusividade.

As necessidades de recrutamento dos novos hospitais (só o Hospital dos Lusíadas contará com cerca de 200 médicos e 90 enfermeiros) ameaçam continuar a exercer uma pressão crescente para que muitos clínicos abandonem o sistema público de saúde.
Tudo isto acontece numa altura em que se prevê que a insuficiência de médicos atinja um ponto crítico entre 2012 e 2017, quando - tal como admitiu recentemente a ministra da Saúde - «a situação poderá ser muito complicada».

O momento crítico deve-se a duas ordens de razões: por um lado, o grande boom de formação de médicos que se seguiu ao 25 de Abril no final da década de 70, vai culminar naquela altura num elevado contingente de profissionais que atinge a idade legal de aposentação ou poderá aceder à reforma antecipada; por outro lado, - e depois de um período entre os anos 80 e 90 em que as vagas nas faculdades baixaram - o recente desbloqueamento de vagas nas faculdades iniciado em 2002 ainda não está a produzir resultados. Isto porque a formação de um médico exige cerca de dez anos.
Em Portugal formam-se por ano cerca de 1200 médicos, se bem que as vagas sejam da ordem dos 1500.
Porém, tal como reconhecia não há muito tempo o ex-ministro da Saúde, Correia de Campos, o país precisava de formar cerca de dois mil médicos por ano para fazer face às necessidades que se avizinham nos próximos tempos.

O bastonário da Ordem dos Médicos vem imediatamente colocar ordem no debate!


O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, considerou ontem que o problema de falta de médicos em Portugal estará resolvido dentro de uma década, com o aumento de vagas que tem ocorrido nas faculdades de medicina. (ou seja não deverão aumentar o número de vagas para medicina! Uma atitude inteligente!)

Pedro Nunes defendeu que, embora o número de médicos em formação seja suficiente para as necessidades, será necessário que o governo planifique, já a médio e longo prazo, a implementação de medidas incentivadoras para fixar os futuros clínicos onde eles são necessários, nomeadamente em regiões do interior.

Perante a mesma situação a Ordem dos Enfermeiros:

"Devia haver o dobro dos enfermeiros no SNS, avisa a ordem da classe"

“Existe grande carência de enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários”
Razão pela qual temos para oferecer:

22 escola de Enfermagem no ensino público

19 escolas de Enfermagem no ensino privado

3610 vagas por ano para novos alunos de enfermagem!



E mais não digo ...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Não custa nada dizer a verdade!...


O Movimento Partido da Terra (MPT) através do seu deputado João Isidoro defendeu o aumento do número de enfermeiros e imaginem que o salário seja ajustado ao grau de licenciatura!


O deputado do Movimento Partido da Terra (MPT), João Isidoro, defendeu um reforço dos quadros de enfermeiros do Serviço Regional de Saúde (Madeira). Numa iniciativa realizada junto à Escola Superior de Enfermagem S. José de Cluny, o parlamentar declarou que "não faz sentido que haja centenas e centenas de enfermeiros desempregados, sobretudo jovens que concluíram os seus cursos, quando faltam à volta de mil enfermeiros" na Região. A conferência de imprensa, integrada no Dia Internacional do Enfermeiro, serviu ainda para João Isidoro recomendar ao Governo Regional e ao Governo da República que cheguem a um entendimento de modo a que os profissionais deste sector detentores de licenciatura recebam um salário equivalente, o que não acontece no presente momento.

Será que este senhor senhor não quererá fazer um "duplo" na Ordem dos Enfermeiros" ou no Sindicato?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

De Boas Intenções Está a Ordem dos Enfermeiros Cheia!

A tomada de posição da Ordem dos Enfermeiros aprovada em Assembleia Geral no passado dia 15 de Março, parece simplesmente uma lista de boas intenções!
Reza o seguinte:
“Assim, e apesar de reconhecer os esforços que têm vindo a ser realizados, a OE, considera que o movimento reformador em curso, anunciado como forma de garantir a sustentabilidade e desenvolvimento do SNS, parece não estar a ser capaz de inverter as vicissitudes que se propunha, impondo-se, por isso, introduzir as adaptações adequadas que nos conduzam ao sucesso.
Há pressupostos estratégicos essenciais ao êxito que urge implementar, dos quais se destaca:
A alteração da matriz organizativa da oferta de cuidados - A prestação de cuidados mantém-se fortemente condicionada pela organização do trabalho médico, em detrimento de respostas centradas no cidadão e baseadas nas competências multiprofissionais e multidisciplinares.
A definição de uma verdadeira política de gestão de recursos humanos - É inadmissível que hajam jovens licenciados no desemprego quando as necessidades não estão cobertas e a qualidade e a segurança dos cuidados não está assegurada. (Esta parece-nos que é a principal via para se conquistar a opinião pública! Sem o número adequado de profissionais a qualidade dos cuidados não pode ser garantida! E os utentes sabem têm conhecimento desta realidade?...)
A utilização dos indicadores disponíveis para assegurar dotações seguras nos serviços de saúde -Atendendo ao diferencial existente entre as horas de cuidados necessárias e as horas de cuidados prestados a segurança dos doentes está posta em causa. Esta situação é de todo inaceitável uma vez que há hoje jovens licenciados no desemprego. (Mas então quem é que define qual o número indicado de enfermeiros? A OE? O Governo? A OCDE?...)
Penso que nem a OE sabe bem o que dizer em relação a este assunto pois afirma o seguinte:
A definição de uma estratégia global de formação na área da saúde que promova o correcto enquadramento do ensino de enfermagem e evite a proliferação desregulada da oferta, nesta área? ( O ponto de interrogação está no documento original!)
Ainda se questionam se é necessário????
Depois a OE sugere ao poder político: Que sejam tomadas as medidas tendentes a cobrir as necessidades em cuidados de enfermagem capazes de garantir dotações adequadas para cuidados seguros;
Quais são então, Sr. Enfermeiros da OE, as dotações seguras? Estão definidas? (vejam o exemplo das especialidades médicas, as quais têm definido o número mínimo de profissionais que devem estar de urgência para que esta funcione!)
Já tentaram ganhar a opinião pública para este tema da segurança dos doentes?
Já definiram qual o número mínimo de enfermeiros com que um determinado serviço pode funcionar de forma a garantir a segurança dos utentes?
As boas intenções não chegam! E que tal a OE ter um departamento de relações públicas, com profissionais desta área e não apenas enfermeiros bem intencionados? Não me digam que as cotas que todos pagamos não chegam...

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Engana-me que Eu Gosto!"




Durante um encontro com jornalistas promovido pela Ordem dos Enfermeiros na qual esteve presente a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros e o Secretário de Estado da Saúde, foram tecidas considerações sobre as futuras Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC)


A Bastonária manteve o seu discurso e continuou a alertar para a falta de enfermeiros:


..."Maria Augusta Sousa, que estimou que não haja no Serviço Nacional de Saúde um número suficiente destes profissionais para garantir o desenvolvimento destes serviços junto da comunidade"...


"Se todos os centros de saúde se organizarem em unidades de saúde familiares (USF) e em unidades de cuidados de saúde personalizadas com um enfermeiro, um médico e um administrativo, o número de enfermeiros afectos aos centros de saúde hoje em dia não é suficiente para manter unidades de cuidados na comunidade"


O Sr. Secretário de Estado da Saúde Manuel Pizarro foi respondendo:


"Se nós assumirmos o compromisso político de desenvolver UCC arrastará a decisão de criar meios adequados. É óbvio que não se poderá fazer isso sem mais recursos e sem mais profissionais"


O secretário de Estado da Saúde admitiu que é necessário ter um "quadro contratual mais estabilizado" para os enfermeiros


Quando questionado sobre a precariedade laboral dos enfermeiros afirmou:


"Temos que criar estabilidade nas equipas profissionais. É necessário trabalharmos para ter um quadro contratual mais estabilizado, ter um enquadramento legal mais favorável para termos mais estabilidade profissional"


Se temos enfermeiros no desemprego e mas temos falta de profissionais nas unidades de saúde, porque é que não são contratados mais enfermeiros?


Será que o Sr. Secretário de Estado estava apenas a atirar areia para os olhos dos enfermeiros, ao dizer aquilo que queríamos ouvir?


Nota: Para Maria Augusta Sousa, "um conjunto muito importante dos cuidados na comunidade passam pelos cuidados de enfermagem", daí que a Ordem queira que sejam os enfermeiros a gerir nos centros de saúde estas novas UCC, que serão compostas por equipas multidisciplinares.


Quantos Enfermeiros é que estão na Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários? Quantos Médicos?


"Engana-me que eu Gosto!"


Qual o principal problema da Enfermagem?