terça-feira, 22 de abril de 2008

Processo Crime 000/2008





Recordar o passado, pensando na incerteza do presente, querendo enfrentar o futuro com esperança!




Actualmente também está a decorrer um Processo Crime contra os Enfermeiros:
P - paragem na progressão da carreira
R - reconhecimento nulo (ou quase) em termos sociais
O - Ordem sem peso político
C - carradas de enfermeiros formados anual pelas dezenas de escolas de enfermagem
E - escassez de emprego
S - sindicatos sem capacidade de intervenção
S - submissão dos enfermeiros ao rumo dos acontecimentos
O - obecessão da Ordem pelo ensino tutelado
C - carência de uma exigência técnico científica em relação aos alunos de enfermagem
R - rácio de enfermeiros
I - incapacidade dos nossos representantes em mobilizarem os enfermeiros
M - medidas políticas que não têm em conta os enfermeiros
E - escolas de Enfermagem em nº excessivo

2008... Não há luz ao fundo do túnel!

Fiquemos então pelos exemplos do passado!


Vai ter lugar na próxima quarta-feira dia 23, pelas 14:30, na Escola Superior de Saúde de Faro, um debate com o tema «34 Anos depois da Revolução de Abril», organizado pela Ordem dos Enfermeiros com colaboração da ARS Algarve IP, com o objectivo de se debater questões acerca da profissão de enfermagem desde o Estado Novo à Actualidade.
Neste encontro haverá a projecção de um filme, intitulado «Processo-Crime 141/53 – Enfermeiras no estado Novo» de Susana Sousa Dias, estando também presente a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, a Enfermeira Maria Augusta Sousa.
«Processo-Crime 141/53 – Enfermeiras no estado Novo» é um documentário realizado em 2000 que conta a história de duas Enfermeiras irmãs – Isaura Borges Coelho e Hortênsia Campos Lima – que, obrigadas ao celibato por imposição legal de 1958, puseram a circular um abaixo-assinado solicitando a Salazar o fim desta mesma obrigação, que proibia mulheres casadas ou viúvas com filhos a exercerem enfermagem nos hospitais civis. As duas irmãs são presas em Caxias e encontram outras mulheres, outros casos e outros dramas. Este filme desenvolve-se através de fragmentos de diálogos e de depoimentos, bem como de imagens e documentos da época, misturando-se num mesmo plano percepções directas e memórias, vozes actuais e passadas, surgindo múltiplas perspectivas sobre os eventos passados, particularmente as das protagonistas cujo espaço interior ainda hoje alberga resquícios de uma vivência trágica.
«Processo-Crime 141/53 – Enfermeiras do Estado Novo» recebeu o prémio «Elina Guimarães» em 2001, atribuído pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, distinguindo este trabalho como a melhor divulgação que surgiu em Portugal acerca das diferentes situações das mulheres em Portugal, divulgado ou transmitido nos órgãos de comunicação social portugueses.

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